A imagem de uma organização consiste na forma pela qual ela é percebida por pessoas individualmente , por grupos organizados na sociedade e pode-se inclusive admitir que determinadas organizações ou empresas têm uma imagem na comunidade, na sociedade ou na opinião pública de maneira geral. Na verdade, a imagem de uma organização é uma construção mental e se forma, ao longo do tempo, a partir de experiências concretas ou de informações transmitidas por pessoas, grupos e particularmente pelos meios de comunicação.
Uma imagem pode estar associada a determinados valores, princípios ou fatores e, portanto, é preciso reconhecer que uma mesma empresa pode ter várias imagens, dependendo da forma pela qual a contemplamos. Podemos falar da imagem-síntese ou de imagens parciais de uma organização e elas são mais fortes ou expressivas dependendo do conhecimento que os públicos (ou pessoas individualmente) têm desta organização.
Assim, a Petrobrás tem uma imagem (que difere de pessoa para pessoa, de público para público em função de suas experiências e filtros) e ela pode ser mais restrita ou mais ampliada, mais positiva ou negativa. Em geral, junto aos investidores (pelo menos até antes da crise financeira que se abateu sobre as bolsas de valores no final de 2008) a imagem da Petrobrás é positiva porque suas ações têm se valorizado sobremaneira ao longo do tempo, mas para os ambientalistas essa imagem tem sofrido arranhões pelos inúmeros desastres ambientais e mais recentemente pelo combustível sujo que ela fabrica. Da mesma forma, ela tem uma imagem positiva quando se a considera sobre o ponto de vista de sua competência técnica. Temos aí várias imagens parciais da Petrobrás. A imagem-síntese da Petrobrás, pelo menos para os brasileiros é essencialmente positiva porque se trata de uma empresa reconhecida como nossa, forte, competente, moderna e avançada tecnologicamente.
Algumas empresas não desfrutam do mesmo privilégio e geralmente têm sua imagem associada à falta de ética, transparência, truculência, como é o caso da Monsanto (o livro O mundo segundo a Monsanto, da jornalista francesa Marie-Monique Robin, publicado no Brasil pela Radical Livros) sintetiza maravilhosamente a imagem desta empresa monopolista, que pode também ser conferida a partir de uma navegação mesmo rápida pelo Google), ainda que ela invista bastante (publicidade, prêmios agroambientais etc) para limpar a sua imagem e para parecer o que efetivamente não é.
Toda organização tem uma auto-imagem (aquela construída pelos seus funcionários, por exemplo), uma imagem pretendida (aquela que ela se empenha para formar) e uma imagem real (aquela pela qual é efetivamente percebida).
Podemos falar também em imagem de marca e neste sentido vale a pena consultar o excelente texto de Joan Costa, que se intitula exatamente A imagem da marca publicado pelas Edições Rosari (São Paulo, 2008). Se tiver um tempinho, leia também o trabalho de Mauro Calixta Tavares - Gestão de marcas - construindo marcas de valor, publicado pela Editora Harbra (São Paulo, 2008).
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