A Auditoria de Comunicação compreende um processo abrangente e diversificado de estudo, pesquisa e análise de produtos , processos ou fluxos de comunicação produzidos ou realizados por uma empresa ou organização.

     Ela pode analisar os veículos internos e externos de uma organização, a interação entre líderes e subordinados ou dos funcionários entre si, pode avaliar a comunicação interna de maneira geral ou mesmo como os funcionários reagem a determinadas ações ou decisões da organização.

     A Auditoria de Comunicação pode estar interessada na análise da eficácia do relacionamento de uma organização com determinados públicos (imprensa, ambientalistas, investidores, comunidade política ou financeira), pode avaliar o retorno de determinados investimentos em comunicação (apoio e patrocínio a eventos, a produtos culturais, ao esporte etc) ou mesmo em como determinados públicos (ou a opinião pública de maneira geral) percebem a organização (nesse caso ela se confunde com o processo de Auditoria de Imagem (veja o conceito de Auditoria de Imagem nesse site).

     A Auditoria de Comunicação pode estar focada no desempenho de suas fontes (com a imprensa, com a comunidade científica, com a comunidade financeira etc), na avaliação de sua identidade corporativa ou visual, no funcionamento de sua estrutura de "call center" e assim por diante. Enfim, a Auditoria de Comunicação deve ser pensada sempre de maneira abrangente porque, no fundo, ela incorpora todas as formas de relacionamento ou interação de uma organização com os seus públicos internos e externos.

     O trabalho de Auditoria de Comunicação vai exigir uma série de técnicas , métodos ou instrumentos (entrevistas, questionários, grupos de foco, estudos de caso, análises de discurso ou de conteúdo, quando se referir a falas ou textos) e é, portanto, se realizada com esta amplitude, constitui um processo complexo e oneroso. Não há exemplo na realidade brasileira de nenhuma organização que tenha realizado, a qualquer tempo, um trabalho com esta dimensão ou teor, certamente porque faltam às organizações efetiva consciência da importância da comunicação empresarial ou organizacional.