Definir sustentabilidade, e portanto desenvolvimento sustentável, implica, obrigatoriamente, em definir, com a precisão possível (os indicadores quantitativos podem ajudar , mas não dão garantia de cientificidade) , o que se entende por desenvolvimento.

      Os comprometidos com a dimensão econômica tem preferido considerar crescimento econômico e de desenvolvimento como sinônimos, o que se constitui em um equívoco formidável, como tem denunciado especialistas e estudiosos mais críticos, mesmo alguns que transitam na economia, reduto principal dos que crêem em uma natural generosidade das empresas, do mercado e apostam as fichas na auto-regulação.

     A literatura moderna e comprometida com uma visão mais abrangente de desenvolvimento (que não se reduz a indicadores como PIB), com a qual nos identificamos, incorpora outras dimensões que não a exclusivamente econômica, como a social, cultural, territorial, ambiental etc. Logo, a sustentabilidade tem a ver com esta perspectiva ampla e leva em conta a complexidade das relações entre o homem e a natureza, que não deve ser percebida apenas como uma vertente essencialmente ou exclusivamente biológica, embora a inclua.

     Podemos, simplificadamente, utilizar a definição de Andrew W. Savitz em seu livro A empresa sustentável (Rio de Janeiro, Editora Campus, 2007, p.3): Sustentabilidade é a gestão do negócio de maneira a promover o crescimento e gerar lucro, reconhecendo e facilitando a realização das aspirações econômicas e não-econômicas das pessoas de quem a empresa depende, dentro e fora da organização."